Ando por aqui, pela vida, construindo meu perfil... Reticente e nefelibata em alguns momentos, noutros sou diferente, "esquisito", acre, doce, ácido, palhaço solitário no mundo que (re)invento todo dia... Há, também, os que dizem e os outros que pensam que me conhecem, e estes são os que me provocam uma leve dor de impotência. No entanto, meu analgésico é ser camaleão para estes e seguir gargalhando para dentro, para bem dentro de mim e daqueles raros que de fato estão na trilha que os levarão até mim - estes sabem sorrir comigo!
Meu grito sabável de escafandrista do mundo caleidoscópio, escreve torto por linhas retas, viaja na outra via, na via do profundo desejo de não ver falsos sorrisos, abraços, palavras ou olhares. Desse girar do mundo, para ver novas imagens, retiro minha força e pinto, pinto, pinto, nunca desenho com grafite barato, nem gosto de mascar goma com açúcar ou de pessoas que desejam ser "livro de auto ajuda" e fazem carinho com punhal.
O meu lirismo propendido, derrama-se num elastério desejo de acariciar vossos olhos, leituras, risos... São desejos de blandícias, o mundo anda carente disso e nós também. Vamos todos vestir alegria como o Solitário Andarilho que desarmava bombas com alegria e sorrisos, "sorrindo para acariciar nossas vidas". Isso não é surrealismo, é concreto-contemporâneo!
Entre, sente, sinta, se atreva na minha(nossa) janela e se desejares me conhecer, não more comigo, me namore.