Amanhã
Amanhã é setembro
primavera chegando
o mar verdejando na porta da casa
teus olhos me mirando
o sorriso no rosto
vontade saudade dos beijos de agosto
JAMPAGOSTO
Já é quase primavera...
O sol forte
acorda as flores
que despertarão
um setembro colorido
de aromas afiados.
O sol forte
acorda as flores
que despertarão
um setembro colorido
de aromas afiados.
QUERO
Quero um samba sincopado
um amor profundo
proibido, bandido
como Wilton e Luciana
Quero pelas ruas vagar
te encontrando nas esquinas
no escuro das praças
ou no sol daquelas praias
Quero por ti ser fotografado
sufocando minha dor
nos carnavais muito beijado
E quero no fim
a calmaria da voz de Paulinho da Viola
acalentando nossos sonhos
um amor profundo
proibido, bandido
como Wilton e Luciana
Quero pelas ruas vagar
te encontrando nas esquinas
no escuro das praças
ou no sol daquelas praias
Quero por ti ser fotografado
sufocando minha dor
nos carnavais muito beijado
E quero no fim
a calmaria da voz de Paulinho da Viola
acalentando nossos sonhos
TAMBÁBA
Numa tarde simbólica
meus olhos lambiam teu corpo
onde não era permitido abraçá-lo
É lei municipal!
meus olhos lambiam teu corpo
onde não era permitido abraçá-lo
É lei municipal!
VOCÊ...
Você em mim
surge como música incidental
Você em mim
entra quebrando as vidraças...
Intrépida me desafia
com tuas mãos ao amanhecer
antes que o sol em Cabo Branco me acorde
surge como música incidental
Você em mim
entra quebrando as vidraças...
Intrépida me desafia
com tuas mãos ao amanhecer
antes que o sol em Cabo Branco me acorde
COMO VER UM QUADRO
Existe em mim
Uma grande vontade
verdade
Comer teu sorriso
Saborear o brilho dos teus olhos
Beber o som de tua voz
E adormecer em teus cheiros
Uma grande vontade
verdade
Comer teu sorriso
Saborear o brilho dos teus olhos
Beber o som de tua voz
E adormecer em teus cheiros
VINTE POEMAS E UMA DISTÂNCIA VII
O elastério desejo
que estica-se sobre lembranças
lambe ávido
aquele passado
sentindo o sabor
dos teus olhos sorrindo
nas transmutações do corpo
enquanto holofotes
lampeiros metediços
nos buscam
que estica-se sobre lembranças
lambe ávido
aquele passado
sentindo o sabor
dos teus olhos sorrindo
nas transmutações do corpo
enquanto holofotes
lampeiros metediços
nos buscam
VINTE POEMAS E UMA DISTÂNCIA IV
Sudesteava-se minha agulha
quando meu coração
fisgado no centro...
o país nada entendia
quando meu coração
fisgado no centro...
o país nada entendia
VINTE POEMAS E UMA DISTÂNCIA II
As lagrimas gritam em meus olhos
quando a saudade me toca...
E na janela que nos vejo
você me olha sorrindo
enquanto Irene ri...
quando a saudade me toca...
E na janela que nos vejo
você me olha sorrindo
enquanto Irene ri...
ACRE CARÊNCIA
Conspícuo
notável
a transmutação
que me fez taciturno
veio pujante, lutar contra mim...
e agora
queima fogo acre
na minha boca
amarga
a tua ausência
falta de ti
espaço vazio entre meus braços
como chuva
que não encontra na terra
a semente
cometa que vaga
ermo afora.
notável
a transmutação
que me fez taciturno
veio pujante, lutar contra mim...
e agora
queima fogo acre
na minha boca
amarga
a tua ausência
falta de ti
espaço vazio entre meus braços
como chuva
que não encontra na terra
a semente
cometa que vaga
ermo afora.
STRAUSS
Meus tímpanos
não reclamaram
a percussão do piano.
Meu martelo
não quebrou o desejo de ouvir
a leveza dos passos
que invadiram
meus pensamentos
Meu corpo (só)
não afastou a visão do dançar
e no ar girando
talvez ainda estejamos!
não reclamaram
a percussão do piano.
Meu martelo
não quebrou o desejo de ouvir
a leveza dos passos
que invadiram
meus pensamentos
Meu corpo (só)
não afastou a visão do dançar
e no ar girando
talvez ainda estejamos!
PAZ
Quero cravar
minha epiderme em teu rosto
com a maior violência
do meu carinho
bombardear
teus lábios
com mil beijos
atirar
teu corpo
em meus braços
te fazendo chorar
de prazer...
minha epiderme em teu rosto
com a maior violência
do meu carinho
bombardear
teus lábios
com mil beijos
atirar
teu corpo
em meus braços
te fazendo chorar
de prazer...
TARDE AZUL
Tarde de domingo
ao som do azul infinito
que quebra o silêncio...
Tuas palavras
caminham em meus ouvidos
me fazem imaginar
choques rosas
de línguas que procuram
matizes brilhantes
no céu de tua boca.
ao som do azul infinito
que quebra o silêncio...
Tuas palavras
caminham em meus ouvidos
me fazem imaginar
choques rosas
de línguas que procuram
matizes brilhantes
no céu de tua boca.
QUANDO VOCÊ FOI AS COMPRAS
Você se foi
e eu
querendo fazer uma poesia
poesia chocolate
para quando você chegasse
saborear...
comer palavras
com seus olhos famintos
degustando pensamentos
romances nas entrelinhas
segredos entre as letras
açúcares entre eu e você...
e eu
querendo fazer uma poesia
poesia chocolate
para quando você chegasse
saborear...
comer palavras
com seus olhos famintos
degustando pensamentos
romances nas entrelinhas
segredos entre as letras
açúcares entre eu e você...
DEPOIS DO FIM
De repente você viu que era mais um sonho e acordou,
Lavou o rosto, escovou os dentes e sorriu pro espelho...
Tomou café e foi pra vida...
Dobrou na esquina e lembrou que não era fácil assim.
Lavou o rosto, escovou os dentes e sorriu pro espelho...
Tomou café e foi pra vida...
Dobrou na esquina e lembrou que não era fácil assim.
HOJE
Hoje
Atirei poemas em tua janela
Todos pintados com a cor dos teus olhos
Lábios e seios
Eles falavam de sonhos contidos
Blandícias e sabores de nós
Atirei poemas em tua janela
Todos pintados com a cor dos teus olhos
Lábios e seios
Eles falavam de sonhos contidos
Blandícias e sabores de nós
... DEPOIS ACORDEI
Sonheicomvocê
oceanodomeus
ereeuumriodes
aguandoemtimi
sturando-meaot
eusaborenquant
oosaldenóspree
nchianossaslíng
uaseasmãosaca
riciavamasareia
spelesdenós
oceanodomeus
ereeuumriodes
aguandoemtimi
sturando-meaot
eusaborenquant
oosaldenóspree
nchianossaslíng
uaseasmãosaca
riciavamasareia
spelesdenós
PASSADOFUTUROAGORA
Um dia fiz um acróstico
Que na embriaguês contraditória da adolescência
Discutia com um compenetrado haicai...
...Enquanto eu frente ao olho
Rodava o caleidoscópio
Sem ver as imagens fractais da calma maturidade
Que na embriaguês contraditória da adolescência
Discutia com um compenetrado haicai...
...Enquanto eu frente ao olho
Rodava o caleidoscópio
Sem ver as imagens fractais da calma maturidade
SONRISA
… encanta oír hablar de sus ojos
de su sonrisa
de su respiración
de su piel
de su cuerpo
los gritos de los inundantes
del su deseo/ voluntad
a devorar yo
de su sonrisa
de su respiración
de su piel
de su cuerpo
los gritos de los inundantes
del su deseo/ voluntad
a devorar yo
O FERRO DE ORFEU
Enquanto eu
passava o quente e mudo ferro
a roupa nada falava
das velhas
ou das novas sujeiras (do mundo)
e os homens lá fora
com suas falhas escatologias
filosofavam sobre a morte
juízo final
castigos ultra-terrenos
esqueciam-se da hermenêutica
esqueciam-se de viver amando...
construíam edifícios (armadilhas)
matavam famílias
roubavam camelôs
criavam cães ferozes
armavam-se "até os dentes"
matando a natureza
matando o gênero humano...
tomando uísque escocês
falando alto
globalização, dólar, investimentos!!!
julgavam-se píncaros da raça...
Ridículos tiranos!!!!!!!!!!!
meu ferro gritou
vermelho de raiva e orfismo
querendo engomá-los.
Eram imagens sonoras
ecoando no fundo do meu olho
passava o quente e mudo ferro
a roupa nada falava
das velhas
ou das novas sujeiras (do mundo)
e os homens lá fora
com suas falhas escatologias
filosofavam sobre a morte
juízo final
castigos ultra-terrenos
esqueciam-se da hermenêutica
esqueciam-se de viver amando...
construíam edifícios (armadilhas)
matavam famílias
roubavam camelôs
criavam cães ferozes
armavam-se "até os dentes"
matando a natureza
matando o gênero humano...
tomando uísque escocês
falando alto
globalização, dólar, investimentos!!!
julgavam-se píncaros da raça...
Ridículos tiranos!!!!!!!!!!!
meu ferro gritou
vermelho de raiva e orfismo
querendo engomá-los.
Eram imagens sonoras
ecoando no fundo do meu olho
CONGEMINANDO
Nosso encontro
quase choque
era um blues azul
quase jazz cor da pele
numa gaita
sax
clarinete sex
esbelto tocar...
Corpos bailando
ao som do coração
num salgado suor de pele...
sob o clarão da lua
tendo estrelas como testemunhas.
quase choque
era um blues azul
quase jazz cor da pele
numa gaita
sax
clarinete sex
esbelto tocar...
Corpos bailando
ao som do coração
num salgado suor de pele...
sob o clarão da lua
tendo estrelas como testemunhas.
ENCONTRO
O poema estende-se sobre as palavras
onde o sentir
navega pelos sentimentos
embriagando, embriagando...
Involuntários, os corpos buscam-se
lampeiros e mornos
decuplando-se
ante nossos olhos
onde o sentir
navega pelos sentimentos
embriagando, embriagando...
Involuntários, os corpos buscam-se
lampeiros e mornos
decuplando-se
ante nossos olhos
VINTE POEMAS E UMA DISTÂNCIA XX
Eu vinha vindo na contramão
te encontrei sorrindo no meio do povo
trazendo um abraço da solidão
fui logo sorrindo por te ver de novo...
...e cumprimentando pessoas na multidão
você de mim sumiu
para me encontrar depois
teus olhos, atiravam mel em minha boca
enquanto os meus, te saboreava por inteira
te encontrei sorrindo no meio do povo
trazendo um abraço da solidão
fui logo sorrindo por te ver de novo...
...e cumprimentando pessoas na multidão
você de mim sumiu
para me encontrar depois
teus olhos, atiravam mel em minha boca
enquanto os meus, te saboreava por inteira
VINTE POEMAS E UMA DISTÂNCIA III
Rola
do meu olho
ao meu cérebro
belas imagens
envolventes
rebusca-se
o tímpano
abrem-se frestas
do vazio desencontro
do meu olho
ao meu cérebro
belas imagens
envolventes
rebusca-se
o tímpano
abrem-se frestas
do vazio desencontro
OCEANO POÉTICO
Vago barco embriagado
mar afora
mar afora
barco embriagado
de arquitetura pós tudo
quase belo
quase perfeito
imprevisível
sem bússola
querendo nascer em Neruda
viver em Rosa
morrer em Augusto.
mar afora
mar afora
barco embriagado
de arquitetura pós tudo
quase belo
quase perfeito
imprevisível
sem bússola
querendo nascer em Neruda
viver em Rosa
morrer em Augusto.
Marcadores: Alegria
Poesia
PELOS PALCOS
São sons
melodias
pano de fundo
cenário
retratando a vida
do velho palhaço
São sons
os gargalhos
roupa amarelada
estilhaços de dor
transformados em risos
no palco (vida).
melodias
pano de fundo
cenário
retratando a vida
do velho palhaço
São sons
os gargalhos
roupa amarelada
estilhaços de dor
transformados em risos
no palco (vida).
Marcadores: Alegria
Poesia
ENTRE
Entre sente
Sinta as cores do sol
Veja o sabor das montanhas coloridas
Entre sente
Sinta meus poemas
Veja o cheiro de nós
Se atreva na minha janela
Viaje com suas mãos, rodopios em nosso mundo
Sinta as cores do sol
Veja o sabor das montanhas coloridas
Entre sente
Sinta meus poemas
Veja o cheiro de nós
Se atreva na minha janela
Viaje com suas mãos, rodopios em nosso mundo
Marcadores: Alegria
Poesia
EU QUERO
Eu quero enviar
Meus mil poemas inacabados
E você com seu sorriso vermelho carmim
Lê-los ofegante mordendo os lábios
Eu quero enviar
A opacidade do meu ser
E você com o brilho ofuscante do seu olhar
Ler-me com tuas cores brilhantes inefáveis
E por fim
Enviar meu corpo sedento
E você com seu carinho inundante
Preencher saciando meus desejos
Meus mil poemas inacabados
E você com seu sorriso vermelho carmim
Lê-los ofegante mordendo os lábios
Eu quero enviar
A opacidade do meu ser
E você com o brilho ofuscante do seu olhar
Ler-me com tuas cores brilhantes inefáveis
E por fim
Enviar meu corpo sedento
E você com seu carinho inundante
Preencher saciando meus desejos
OBSERVANDO LEMBRANÇAS
Meti o olho no retrovisor
E mergulhei num fractal caleidoscópio
Enquanto as lágrimas lavavam lembranças
Do momento em que eu pedia para te morder,
Morder até antes da dor
E mergulhei num fractal caleidoscópio
Enquanto as lágrimas lavavam lembranças
Do momento em que eu pedia para te morder,
Morder até antes da dor
METAMORFOSES
Minha poesia metamorfoseou-se
Calçada para o teu caminhar
Bebeu no espelho
Lavou-se na cama
Enxugou-se na luva
E caiu como um beijo
Em nossas bocas
Calçada para o teu caminhar
Bebeu no espelho
Lavou-se na cama
Enxugou-se na luva
E caiu como um beijo
Em nossas bocas
NOSSA MISTURA
Entre espátulas e tintas
Uma relação pastosa
Configurando-se
Nossas vontades tachistas
Em multicoloridas sensações extasiantes
Uma relação pastosa
Configurando-se
Nossas vontades tachistas
Em multicoloridas sensações extasiantes
DESEJO
Desejo timoneiro
meta
primeiro
Teus lábios
Desejo tácito
inexato
implícito
Teus olhos
Desejo beleza
carinho
leveza
Tua tez
meta
primeiro
Teus lábios
Desejo tácito
inexato
implícito
Teus olhos
Desejo beleza
carinho
leveza
Tua tez
LA BELLE DE JOUR
A bela da tarde
Corria nua
Pelas avenidas do meu ser
Entre a cozinha e a cama
Cruzava sinais
Deixando-me vermelho
Acariciava-se
Procurando o espelho
Deixava-me beijos na janela
Aumentando saudades dela
Corria nua
Pelas avenidas do meu ser
Entre a cozinha e a cama
Cruzava sinais
Deixando-me vermelho
Acariciava-se
Procurando o espelho
Deixava-me beijos na janela
Aumentando saudades dela
MEU VERSO
Meu verso hoje acordou só
Meu verso triste chorou só
Meu verso descobriu que você não o entendeu
Quis transformar-se
Em palavras puras
Em palavras fáceis
Que trazem na face
O olhar como o teu
Como o meu
Quis sair de mim
E entrar em você, completo
Quis certeza sem olhar no espelho
Quis entrar em tuas narinas
Falar dos beijos
Lembrar das caricias
Sentar na calçada
E com a brisa no rosto
Falar de mim para você
Meu verso triste chorou só
Meu verso descobriu que você não o entendeu
Quis transformar-se
Em palavras puras
Em palavras fáceis
Que trazem na face
O olhar como o teu
Como o meu
Quis sair de mim
E entrar em você, completo
Quis certeza sem olhar no espelho
Quis entrar em tuas narinas
Falar dos beijos
Lembrar das caricias
Sentar na calçada
E com a brisa no rosto
Falar de mim para você
Marcadores: Alegria
Poesia
EU LÍRICO PROPENDIDO
O meu lirismo
Beira, retrovisor, o Surrealismo
Arma-se com a mais violenta paixão
Atira carinhos e flores nas calçadas
Quebra o espelho de Narciso e voa com Ícaro
O meu lirismo
Faz-se, novamente, Neo-Concreto
Cola o desejo nos carnais murais urbanos
Acaricia o dúctil e o plástico beijo de amor
E por extrusão derrama-se de Neruda à Pessoa
Beira, retrovisor, o Surrealismo
Arma-se com a mais violenta paixão
Atira carinhos e flores nas calçadas
Quebra o espelho de Narciso e voa com Ícaro
O meu lirismo
Faz-se, novamente, Neo-Concreto
Cola o desejo nos carnais murais urbanos
Acaricia o dúctil e o plástico beijo de amor
E por extrusão derrama-se de Neruda à Pessoa
MINHA DOR
A minha dor me corta
Me corta o peito
A cabeça
Me corta a voz
Me faltam lágrimas
Me seca a boca
Me ofusca os olhos
A minha dor
Dói
Me deixa sem cor
Me desbota as roupas
Me tira o tempero do almoço
A minha dor
Me fala do que não tenho
Me mostra meus desejos
Me traz o translúcido desejo do analgésico-cura
Me veste com trapos
Me expõe farrapo
Me deturpa-condena
Me impõe esquecer que “sou filho do carbono e do amoníaco”
Me lembra do “EU” de Augusto
Me apaga os Anjos
Me faz velar os Velosos que não escuto
Me corta Lumieri, Almadôvar, Kurosawa
Me arranca Fellini e apaga Masina
Me oferta um mundo sem arte
Me esconde o pão e circo, que os Romanos já ofereciam...
Me faz matar o leão e não comer a carne
A minha dor
Me coloca às margens da farmácia-vida
Me grita palavras que não escuto por não sabê-las
E ainda Me leram que: “quem não luta pelos seus direitos, não é digno de tê-los"
A minha dor
Só não Me subtrai a alegria da vida.
Me corta o peito
A cabeça
Me corta a voz
Me faltam lágrimas
Me seca a boca
Me ofusca os olhos
A minha dor
Dói
Me deixa sem cor
Me desbota as roupas
Me tira o tempero do almoço
A minha dor
Me fala do que não tenho
Me mostra meus desejos
Me traz o translúcido desejo do analgésico-cura
Me veste com trapos
Me expõe farrapo
Me deturpa-condena
Me impõe esquecer que “sou filho do carbono e do amoníaco”
Me lembra do “EU” de Augusto
Me apaga os Anjos
Me faz velar os Velosos que não escuto
Me corta Lumieri, Almadôvar, Kurosawa
Me arranca Fellini e apaga Masina
Me oferta um mundo sem arte
Me esconde o pão e circo, que os Romanos já ofereciam...
Me faz matar o leão e não comer a carne
A minha dor
Me coloca às margens da farmácia-vida
Me grita palavras que não escuto por não sabê-las
E ainda Me leram que: “quem não luta pelos seus direitos, não é digno de tê-los"
A minha dor
Só não Me subtrai a alegria da vida.
Marcadores: Alegria
Poesia
Assinar:
Postagens (Atom)