Lá fora a luminosidade cai
fica só a luz refratária
a temperatura cai
o corpo clama por outro
e a boca seca, deseja o vinho que você tomou ontem
aquele com gosto de nostalgia...
Brindamos
a tessitura da vida
que deixa a nostalgia dar sabor aos vinhos
brindamos com nós mesmos
sorvendo os instantes vividos
lambendo o passado
O doce e o amargo...
o doce do desejo e o amargo do não ter
na ânsia do ser
acariciando os sonhos
do ter você em mim
Minha língua explorando teu corpo
que se desmancha
de pele eriçada
em meu desejo